dizem que a primeira vez que eu fui tirar sangue eu tinha 2 anos e eu chorava e gritava que eu não tinha sangue. eu realmente achava que eu não tinha. precisou meu pai, minha mãe e 2 enfermeiras me segurarem para provarem que eu tinha sangue. depois disso aprendido eu não tinha mais problemas com agulhas. eu sentava pra tirar sangue e tomar injeções sozinha enquanto a minha mãe assinava os papéis e sei lá mais o que ela fazia.
aos doze anos de idade eu precisei fazer um exame que tirava sangue 3 vezes seguidas, com intervalos de 30 minutos. minha mãe ficou em alguma sala enquanto eu ia começando o processo sozinha. a enfermeira me deu uma parada para tomar, colocou a agulha e aquelas borboletinhas, que prendem a agulha de forma que fica fácil trocar a seringa. eu sentei numas cadeiras de plástico com a minha mãe e começou o efeito da parada que eu tinha bebido. era sonífero. eu comecei a ficar zonza e a ver as coisas embaçadas. era ÓBVIO que eu não ia dormir! tinha uma agulha no meu braço e uma enfermeira vindo a cada 15 minutos enjetar ou tirar alguma coisa de mim. eu era valente, mas nunca fui burra. eu não lembro a cara dela, devia ser cara de filha da puta. eu lembro que até aquela idade eu nunca tinha sofrido tanto. meu corpo pesava, a cadeira de plástico não permitia que eu ficasse confortável e pela primeira vez eu comecei a sentir dor com a agulha.
depois disso, sempre que eu vou tirar sangue a minha pressão baixa e minha veia some. as enfermeiras, que eu odeio até hoje porque acredito que todas elas são amigas entre si e amiga da minha inimiga é minha inimiga, ficam nervosas e tentam tirar sangue de um braço, do outro braço, do outro braço, do outro braço. umas três vezes em cada braço até acertar a veia. eu fico pensando nas pessoas na guerra, que sofrem bem mais, ou nas crianças que amputaram a perna com minas. nada disso adianta. a dor da agulha parece ser a pior coisa do mundo.
hoje eu tirei 5 ampolas de sangue. comentei com o rafa que devia ser mais sangue que o meu gato menor tem ao todo. eu estou bem, acho que estou superando tudo isso.
aos doze anos de idade eu precisei fazer um exame que tirava sangue 3 vezes seguidas, com intervalos de 30 minutos. minha mãe ficou em alguma sala enquanto eu ia começando o processo sozinha. a enfermeira me deu uma parada para tomar, colocou a agulha e aquelas borboletinhas, que prendem a agulha de forma que fica fácil trocar a seringa. eu sentei numas cadeiras de plástico com a minha mãe e começou o efeito da parada que eu tinha bebido. era sonífero. eu comecei a ficar zonza e a ver as coisas embaçadas. era ÓBVIO que eu não ia dormir! tinha uma agulha no meu braço e uma enfermeira vindo a cada 15 minutos enjetar ou tirar alguma coisa de mim. eu era valente, mas nunca fui burra. eu não lembro a cara dela, devia ser cara de filha da puta. eu lembro que até aquela idade eu nunca tinha sofrido tanto. meu corpo pesava, a cadeira de plástico não permitia que eu ficasse confortável e pela primeira vez eu comecei a sentir dor com a agulha.
depois disso, sempre que eu vou tirar sangue a minha pressão baixa e minha veia some. as enfermeiras, que eu odeio até hoje porque acredito que todas elas são amigas entre si e amiga da minha inimiga é minha inimiga, ficam nervosas e tentam tirar sangue de um braço, do outro braço, do outro braço, do outro braço. umas três vezes em cada braço até acertar a veia. eu fico pensando nas pessoas na guerra, que sofrem bem mais, ou nas crianças que amputaram a perna com minas. nada disso adianta. a dor da agulha parece ser a pior coisa do mundo.
hoje eu tirei 5 ampolas de sangue. comentei com o rafa que devia ser mais sangue que o meu gato menor tem ao todo. eu estou bem, acho que estou superando tudo isso.
ja pensou em escrever romance?
ResponderExcluiroi mayla, eu nunca pensei muito nisso não. quis dizer. as vezes eu penso em escrever, em desenhar, em apresentar programa culinário etc. mas eu não consigo criar história. eu consigo só falar da minha vida e as vezes inventar um pouquinho.
ResponderExcluirmas brigada, acho que você e mais 5 são as únicas pessoas que curtem o que eu escrevo hahahaha. bjo
escreve! sou a favor, também
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